Decorria o ano de 2005 quando a polaca Kamilla Garsztka, namorada de um Português residente em Londres, aparece morta.
Em 2007 Nicolas Bento foi condenado a uma pena de 14 anos de prisão, com base em provas, bastante "duvidosas", como sejam as filmagens das câmaras de um supermercado onde a sua namorada havia ido com uma mala, que à posteriori N. Bento viria a dizer que havia visto em casa, e que depois de bem analisadas as imagens verificou-se não ser possível afirmar, com toda a certeza, que a jovem se encontrava na posse da mala, falou-se de imediato em homicídio, sem que disso houvesse qualquer prova pericial. Nunca se colocou a hipótese de suicídio, embora Kamila Garsztka apresenta-se um quadro depressivo bastante acentuado…
Como todos sabemos, muitas vezes quadros depressivos graves encontram-se na origem de um elevado número de suicídios, mas a "exemplar e intocável" Polícia Inglesa não considerou esta hipótese... Porque terá sido???
Será que havia interesse em condenar este jovem luso?
Nicolas nega desde o primeiro dia qualquer responsabilidade na morte da polaca e afirma ser o "bode expiatório" de uma investigação policial que esteve errada desde o primeiro dia.
"A Polícia construiu um grande processo com mais de mil páginas quando não há nada que possa acusar o Nicolas", explicou ao JN a irmã, Marinela. "O meu irmão foi condenado com base numa só prova, uma imagem de segurança que não mostra rigorosamente nada", garante. A imagem em causa mostra Kamila a caminhar até ao lago onde acabaria por aparecer morta. Segundo a Polícia, no filme Kamila levava consigo uma carteira que Nicolas afirma ter encontrado em casa.
A defesa conseguiu o que procurava desde o início, a realização de uma reconstituição da imagem que, segundo o advogado do português, Peter Hughman, não deixa quaisquer dúvidas.
"Não há dúvidas de que a Kamila não levava consigo a carteira. Nós fizemos a reconstituição com base em duas hipóteses, a de que a Kamila levava a carteira e a de que ela caminhava sem a mesma carteira. Nas imagens em que ela leva a carteira, esta é mais do que visível e clara", explicou.
Depois de muita expectativa, o tribunal Inglês libertou o português Nicolas Bento, que tinha sido condenado a prisão perpétua por, alegadamente, ter morto a namorada em Julho de 2007.
A justiça britânica reconheceu o erro e o jovem Português encontra-se agora a aguardar novo julgamento em liberdade condicional, sendo-lhe aplicada a medida de termo de identidade e residência.
Há um mês, o português que tinha sido condenado a prisão perpétua no Reino Unido, vê agora a sentença anulada.
O Tribunal Criminal Central de Londres decidiu que Nicolas Bento vai aguardar novo julgamento em liberdade condicional, sendo-lhe aplicada a medida de termo de identidade e residência.
Este jovem tem 28 anos que luta há cerca de 2 anos pela sua inocência, lutou sempre sozinho, sem qualquer apoio diplomático, sem nada. Isto, na minha perspectiva, é lamentável.
Apenas lhe valeu o apoio, incondicional, dos seus familiares e amigos.
O português Nicolas Bento, condenado em 2007 a uma pena de 14 anos de prisão pela morte de Kamila, espera provar a sua inocência, uma vez que a condenação se baseou em provas circunstanciais, muito fracas.
De acordo com Petre Hughman, durante todo o processo existiu encobrimento de provas fundamentais por parte da Polícia, visto que: “Ainda antes do julgamento, uma análise das imagens recomendava a reconstituição dos eventos, mas tal recomendação foi ignorada e ocultada pela equipa de investigação”.
"Desde o dia em que deram a Kamila como desaparecida, que o Nicolas insistiu para que a Polícia analisasse as imagens das câmaras existentes na cidade de Bedford para seguir o percurso dela.
A Polícia nunca quis fazer nada para a encontrar e, por isso, Nicolas decidiu processar a Polícia inglesa. Foi nessa altura que a Polícia inverteu o jogo e processou o meu irmão", explica Marinela Bento, irmã de Nicolas.
N. Bento e a sua família terão de aguardar até Junho para verem concluída esta dolorosa batalha.
Estes polícias de Bedford, trabalharam “arduamente” para destruir um inocente: conseguiram criar um processo a partir do nada, manipular os media, leva-lo a tribunal e condena-lo. Esses monstros que se dizem homens da justiça, deveriam era estar presos e serem obrigados a repor todo o dinheiro gasto nesse monte de mentiras que inventaram.
Para terminar gostava só de perguntar: Como é que é possível que um cidadão Português, que ao que parece era um cidadão responsável e trabalhador tenha passado por todo este processo sem qualquer apoio diplomático???
Eu, enquanto Portuguesa, sinto-me envergonhada, por este homem nunca ter sido apoiado pelo nosso Governo, pelas nossas autoridades competentes.
Em compensação no caso Maddie houve toda a espécie de apoio.
Penso que devemos estar todos muito envergonhados por não termos de, forma nenhuma, apoiado este homem.
Mais uma vez uma clara prova que a justiça nem sempre é justa!
Deixem as vossas opiniões sobre este caso.
Saudações diabólicas.