TROCA DE IDENTIDADES... E IMCOMPETÊNCIA

Já é a segunda vez esta semana que me deparo com 2 casos em tudo semelhantes, que, quanto a mim, mais uma vez espelham o mau funcionamento deste país.

O meu próprio pai, já teve um problema semelhante com uma casa que possui, mas pelo menos teve a sorte de ser atendido por uma pessoa educada, e que rapidamente detectou o erro, e o assunto ficou arrumado.

Mas, uma destas pessoas de que vos vou falar não teve a mesma sorte.

A situação é seguinte:

Já sabemos que no nosso país há várias pessoas, que por vezes, têm o mesmo nome, foi o que aconteceu a António Fernando Carvalho Ferreira, que teve recentemente problemas com a Justiça, devido a erros cometidos por outra pessoa, que em comum com ele, apenas tem o nome.

Tudo se passa da seguinte forma: no início do ano António Ferreira, foi informado pelo Tribunal que tinha uma dívida para com o Estado no valor de 15 mil euros.

Como é lógico este cidadão entrou em pânico e dirigiu-se ao Tribunal, onde sublinhe-se foi mal atendido até ofendido, dizendo-lhe um funcionário judicial, que ele queria era fugir às suas responsabilidades.

Ou seja, ainda foi julgado pelo funcionário a quem todos nós pagamos o ordenado.

O Tribunal começou a penhorar os seus bens, até que António Ferreira, pediu que o ouvissem e que vissem bem, porque ele não era essa outra pessoa.

Muito bem, verificou-se a veracidade das suas palavras e o Tribunal arquivou o processo.

Este pobre homem, seguiu a sua vida pensando que o assunto já estava resolvido, e que poderia seguir em paz.

Mas, assim não foi, agora recebeu uma carta do Tribunal, a informá-lo que lhe iria ser tirada do seu vencimento uma verba no valor de 249.50 E!

Mais uma vez ,este cidadão pede que a situação seja devidamente esclarecida, porque se lhe tirarem efectivamente esta verba do seu ordenado, para ele a situação tornar-se-á incomportável, uma vez que, com o restante não conseguirá viver.

Ainda esta semana, tomei conhecimento de mais uma situação em que os contornos são basicamente os mesmos.

Dá-se uma nova troca de identidades e desta vez outro cidadão, residente no Norte, vê-se também ele a braços com a justiça.

Tratava-se também de uma dívida que não lhe dizia respeito, mas mais uma vez o facto de ter um nome idêntico a outros 2 “burlões” custou-lhe a penhora da casa, e algumas discussões familiares.

Isto, porque após a resolução do primeiro problema (penhora da casa), este Sr. recebe na sua casa, uma carta do tribunal dizendo que lhe iria ser retirada a verba, para pensão de alimentos do filho que este teria nas Caldas da Rainha.

Como devem calcular a esposa deste senhor, discutiu com o marido, e geraram-se algumas discussões..

No entanto, finalmente a situação está resolvida, uma vez que já foram localizados os verdadeiros “Foragidos da Justiça”. Imagine-se um era de Almada, o outro era de Lisboa, e a pessoa incomodada é do Norte.

Agora pergunto eu, porque razão não se verificam mais dados reactivamente às pessoas, nomeadamente, a filiação, a morada, a idade, nº de contribuinte e B.I…. Enfim, tudo aspectos que podem diminuir o erro.

Sim, porque, quanto a mim, é de uma total incompetência e irresponsabilidade, emitir cartas com este teor de gravidade só com base num nome.

Acho, que estas pessoas deveriam ser indemnizadas, dos danos causados, de destacar: danos morais e psicológicos.

O que vos parece?

Saudações Diabólicas